por Dani Duarte

28 de novembro de 2007

Esperar...


Esperar...
Angústia da saudade...
Saudade, inquietude da vontade...
Vontade de sentir novamente, de reler um livro de um passado recente ou esboçar o rascunho de um futuro ainda inexistente...
Ansiedade em saber aonde ele está, que caminho seguir, que rumo tomar...
Voar... E encontrar um amor descabido...
Mergulhar... E descobrir um coração iludido...
Se apaixonar... E saber de um sentimento perdido...
Mas tentar sem ter medo do que pode achar... E se encantar...
Se encantar pela vida, pelas histórias lindas, pelas poesias escritas, por emoções partidas....
Mas tentar... Sem angústias, sem inquietudes e sem saudades...
Esperar...
Esperar com vontade...
Esperar com uma certeza meio incerta de que um dia ele vai chegar...

5 de novembro de 2007

Lembranças que só eu sei...

Eu quero seu abraço, acalmar o seu cansaço, sentir seu coração batendo no meu peito. Não precisamos de palavras, nosso olhar já nos basta, a calma que eu procuro está em você. As coisas que vivemos, os nossos sentimentos, estão além de qualquer explicação. Seu jeito de me olhar, faz parecer que o mundo todo me pertence. Seu jeito de beijar me faz parar de respirar. Quando estou com você as cores mudam de tom, os cheiros ficam mais perfumados, tudo parece estar desarrumado, meus olhos ficam mais interessados. Quando estou com você os dias ficam mais longos e as paisagens parecem ter sido pintadas a mão, o concreto fica abstrato. Quando estou com você meu coração fica o tempo todo desorientado, minha vida vira um filme sem script, sem final. Uma confusão que só eu sei. Eu gosto do que sinto, eu gosto do que eu viro, você me deixa em outra estação. São poucos os momentos. São importantes os repentes. Eles fazem parte desta nossa canção. Não existe pressão. Não existe cobrança. O que existe entre nós, nos pertence e está eternizado. Na hora da despedida, a dor é doída, meus olhos se afogam num mar azul. Mas a saudade que fica é valiosa. Uma saudade que trás junto dela um sorriso de felicidade. Um suspiro que vem lá do fundo onde a presença da ausência faz com que tudo que foi vivido, continue vivo. O que me alimenta são as lembranças. E são lembranças que só eu sei...



p.s- "... alguém me dê um coração, que esse já não bate, nem apanha, por favor, uma emoção pequena... Qualquer coisa, qualquer coisa que se sinta. Em tantos sentimentos, deve ter algum que sirva..." (Socorro de Arnaldo Antunes)