por Dani Duarte

28 de janeiro de 2008

Sermos...


Quero te falar do meu querer.
Sentir seu abraço no meu peito.
Sua boca nos meus olhos.
Meus beijos no seus.
Seu sorriso é meu.
Minha alma é sua.
Sermos dois em dois.
O plural dos singulares.
Sermos um inteiro pro outro.
O que escrevo é pra você.
O que leio em você é meu.
Ser teu ar, ser tua sina.
Uma espera sentida.
Uma aventura eterna.
Um susto bom.
Uma surpresa certa.
Quero mais de mim em você.
Quero tudo de você em mim.
Dividir, somar, multiplicar.
Ser a cura pra suas feridas.
Matar a fome dos seus sentimentos.
Ser a paz que você procura.
E ser a loucura e a doçura.
E ser...
E sermos...

21 de janeiro de 2008

Lugares em mim...

Existem muitos lugares onde posso me guardar sem ser achada. Ganhei um baú onde escondo sentimentos que não consigo demonstrar. Há dentro de mim um quartinho escuro onde revelo quase todas as fotos da minha história, umas em preto e branco e outras bem coloridas. Descobri um labirinto no meu coração onde, de vez em quando, me perco e não consigo achar a saída. Escrevo palavras que são espelho da minha alma. Digito letras que traduzem minhas paixões... Deleto frases dispensáveis à saúde emocional. Digo o que penso e escuto o que quero. Ainda não sei bem lidar com perdas. Mas deliro com aquisições que sei que vão durar uma vida, pelo simples fato de saber cultiva-las... Sinto, amo, choro, me apaixono, supero e passo por tudo de novo, de novo e de novo!!! Sou autêntica e sincera comigo... Gosto de ser assim e não pretendo mudar. Pretendo sempre renovar mantendo a essência de um perfume que é bom... Sou um amontoado de sentimento embolados regidos pelas minhas doces borboletas na barrigas!!


p.s- ...E quando a lagarta achou que o mundo tinha acabado, ela virou uma borboleta!!!

14 de janeiro de 2008

Carta para uma amiga


Outro dia recebi por email alguns versos de um escritor, que não conhecia, chamado Emilio Moura, e um deles achei muito especial: “Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive.” Se paramos para pensar como tudo na vida da gente é tão simples talvez não sofreríamos tanto. Claro que não tem como encarar um desapego e não sofrer. Desfazer de uma relação e não sofrer. Brigar com quem amamos e não sofrer. Passar por uma desilusão e não sofrer. Perder um emprego, uma amigo, um bichinho de estimação e não sofrer. Mas porque sofremos tanto por amor??? Talvez o certo seria não sofrer e sim agradecer por termos conhecido uma pessoa tão especial, que fez nascer dentro da gente um sentimento tão gostoso. Agradecer por esta pessoa nos ter feito companhia por algum tempo ou por muito tempo. Agradecer pela sensação deliciosa quando estamos apaixonados e somos correspondidos. Agradecer por ter feito parte da história de alguém ou por ter feito uma história com alguém. Agradecer até pelas partes ruins pois também aprendemos muito com os erros cometidos, acho até que aprendemos mais com os erros do que com os acertos. Mas nosso cérebro parece já estar programado para que as lágrimas corram pelos nossos olhos e nosso coração chore quando percebemos que não dá mais. Então vem o sofrimento. Entretanto a dor que sentimos não é por aquilo que foi desfrutado mas por tudo que não foi realizado durante a convivência dos dois. Pelos carinhos que não mais existirão, pelos beijos que foram deletados, pelos telefonemas que foram cortados, pelas viagens que foram programadas e não aconteceram, por todos os programas que gostaríamos de termos feito juntos e não fizemos. A verdade é que sofremos por tudo aquilo que queríamos ter vivido e não vivemos. Sabemos que não existe regra para não sofrer, muito menos uma fórmula para ser feliz. Então como fazemos para não sentir tanta dor, para que nosso músculo involuntário não bata com uma freqüência desvairada nos deixando completamente perdidos no mundo do amor? A resposta é simples: vamos viver, viver sempre, viver mais, com toda força que conseguirmos sem lamentações e sem grandes ilusões!!!